sexta-feira, 12 de maio de 2017

ESTUDO DIRIGIDO - DISCIPLINA: DEFESA FLORESTAL

Capítulos 1 e 2: IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS INSETOS e
 INTERAÇÃO PLANTA X INSETO


1.      O que é um ecossistema e quais os processos ecológicos necessários para sua caracterização e manutenção?
2.      O que caracteriza as chamadas “doenças do ecótopo e da biocenose”?
3.      Quais os processos ecológicos diretamente alterados pelas populações de insetos?
4.      Por que a desfolha por folífagos pode ser benéfica para as plantas? Por que esse fato não se aplica para as formigas-cortadeiras?
5. Em que diferem plantas e insetos em termos de composição química? Qual a importância desse balanço em termos de alimentação de insetos fitófagos e como isso afeta sua população?


Capitulo 4

6. Que é uma tabela de vida ecológica? Quais informações se pode extrair dela?
7. Qual a importância da amostragem de populações no MIP? Quais fatores influenciam na sua escolha?
8. Se uma população dobra de tamanho a cada 4 anos qual a sua taxa intrínseca de aumento?
9. Uma colônia de pulgões de planta confinada em gaiola tem população de 100 indivíduos. Trinta dias depois a mesma conta com 615 indivíduos. Qual o valor de r dessa espécie?
10.Uma segunda cultura da mesma espécie inicia com 100 insetos, sendo que os ovos são retirados assim que produzidos. Após 15 dias a colônia tem 72 insetos, após 30 dias 48 insetos, após 45 dias 35 insetos e após 60 dias 25 insetos. Qual foi a taxa de mortalidade desta espécie?

CAPÍTULO 5

11. Qual a filosofia do controle induzido indiretos? Qual a sua principal vantagem sobre outros métodos?


12. Em que consiste a técnica do cultivo mínimo e quais as suas vantagens? Como isso afeta a proliferação de formigas-cortadeiras?

13. Em que situações a aração pode ser uma técnica recomendada no controle de pragas?
Por que a diversificação do plantio pode contrariar a tendência de ocorrência de surtos em plantios florestais?

14. A que conclusão se chega da análise do gráfico da figura 5.2

15. Qual o efeito do desbaste no controle de insetos-praga?

16. O que se conclui pela análise dos dados de controle da mariposa-do-ponteiro do pinos?

17. Em que consistem as táticas de controle legislativo e quais as suas metas ou finalidades?

18. Que são medidas quarentenárias, pragas quarentenárias classe A1 e classe A2?

19. Qual a sequência de fatos e quais os documentos necessários que vão da solicitação até a liberação de uma mercadoria por parte do importador?

20. Qual é o âmbito de aplicação da tática de controle legislativo na fiscalização do uso de agrotóxicos?

21. Em que consiste a tática de controle mecânico? Quais as dificuldades em sua aplicação? Quais são as três técnicas que encontram maior aceitação?

22. Como o descascamento de toras afeta o ataque de bocas do tronco?

23. Qual a principal desvantagem da tática de controle físico? Qual a diferença entre tática ativa e passiva? Qual a principal limitação no uso de radiações ionizantes?

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Blog Reativado


                                  INSETOS EM FOCO 
                    CONHECENDO MAIS SOBRE INSETOS


















quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ENTOMOLOGIA - TAXONOMIA



NOTÍCIAS

LANÇADO NOVO LIVRO

                           INSETOS

Métodos: coleta, montagem e preservação

Como fazer uma coleção de insetos

Guia prático para identificar as principais famílias de

I N S E T O S

capítulo completo sobre morfologia externa e interna


 
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CURIOSIDADES E INFORMAÇÕES

BESOUROS

                   ORDEM COLEOPTERA



Estimada em cerca de 350.000 espécies, os besouros totalizam 40% das espécies conhecidas. Assim, podem ser encontrados em todas as regiões do planeta e em praticamente todos os habitats. A alimentação do grupo e extremamente variada, apenas espécies hematófagas ainda não foram encontradas .





É um grupo que impressiona pela diversidade de formas, tamanhos e cores. Existem mais espécies de besouros que todas as outras espécies de animais juntas.





  MARIPOSAS E BORBOLETAS


             ORDEM LEPIDOPTERA



Borboletas e mariposas  formam a segunda maior ordem de insetos com 180.000 espécies descritas. É o grupo mais especializado e também o mais daninho para a agricultura.



Apesar de serem apreciadas por sua leveza e cores vistosas, na fase jovem são mais conhecidas pelo aspecto muitas vezes agressivo das lagartas.

ABELHAS E VESPAS

                  Ordem Hymenoptera


Esta é, sem sombra de dúvidas, a mais útil das ordens para o homem. Além das abelhas, responsáveis pela polinização de frutas, legumes e árvores de nossa flora nativa, engloba, ainda, vespas e microvespas que se encarregam de predar insetos-praga, mantendo essas populações sob controle, amenizando os prejuízos para agricultura.


                                          Esses atacam o ovissaco de baratas

MOSCAS, MOSQUITOS E MUTUCAS

Ordem Diptera

Familia Therevidae

Esses insetos têm apenas um par de asas funcional (dípteros), embora o segundo par, reduzido em forma de halteres, contribua para o equilíbrio durante o voo. Trata-se de um grupo de extrema importância médica e veterinária pelo fato de serem responsáveis diretos ou indiretos pela transmissão de diversas doenças ao homem (disenterias, febre amarela, dengue, malária, oncocercose, leishmaniose e a doença africana do sono). Também provocam moléstias nos animais domésticos (berne, bicheira, mal-de-ancas e amemia infecciosa equina). Certas espécies provocam sérias injúrias as plantas cultivadas sendo por isso consideradas pragas-chave em diversas culturas (mosca-do-mediterrâneo na pomicultura). Por outro lado, várias espécies contribuem para o controle biológico natural das pragas, muitas são decompositoras de matéria orgânica, e outras ainda têm sido úteis em pesquisas genéticas (sobre a mosquinha drosófila existem mais de 100.000 artigos publicados) e na entomologia forense.

MATERIAL DE AULA:

aula 1: Entomologia Florestal <introdução>


Aula 2: Entomologia Florestal <Filo Arthropoda, taxonomia>



  www.slideshare.net/beto1956/taxonomia-filo-arthropoda-classe-insecta"
         

<Taxonomia: noções de nomenclatura zoológica>


Aula 3: Entomologia Florestal <Desenvolvimento pós-embrionário>


https://www.slideshare.net/beto1956/aula-4-ufrpe-reproducao-e-desenvolvimento-pos-embrionario-de-insetos



Aula 4: Entomologia Florestal <Estudo do Tegumento>


http://www.slideshare.net/beto1956/4-tegumento-em-pdf




Aula 5: Entomologia Florestal <Estudo morfológico da cabeça>

www.slideshare.net/beto1956/entomologia-aula4-tagma1-cabea-ufrpe

Aula 6: Entomologia Florestal <Estudo morfológico do tórax>


www.slideshare.net/beto1956/entomologia-aula-5-trax-em-pdf


INSETOS NO CARDÁPIO

Sempre que se fala na situação de fome pela qual passam cerca de 800 milhões de pessoas em diversos continentes ou da subnutrição que atinge um em cada nove pessoas em muitos países, vem à tona o emprego de certos insetos na alimentação humana. Não se trata apenas do fato de os insetos serem sempre muito comuns e numerosos, a questão nutricional, talvez, seja o ponto mais relevante. Logicamente que poucas espécies podem ser usadas na alimentação sendo importante considerar-se a fonte alimentar do inseto e onde foram criados. Entretanto, como muitos usam partes de plantas em sua dieta, não existem sérios problemas em consumir insetos com cigarras, lagartas de mariposas, grilos, gafanhotos ou larvas de besouros.  Algumas espécies de cupins africanos apresentam teores de proteína superiores a 40% e de gordura maiores de 44%. Com isso o valor energético de 100g desse alimento vai de 600 a 760 Kcal e são tidos por habitantes da Zâmbia como um dos mais deliciosos pratos. As 23 espécies de lagartas analisadas no Zaire, apresentaram valor proteico superior a 63% com 457 Kcal/100 g, sendo que em 21 delas o teor de ferro foi em média 335% do valor diário requerido. Isso representa cerca de 31 mg de ferro/100 g de lagarta seca contra apenas 6 mg encontrada na carne de boi. Gonimbrasia belina (lagarta mopanie) é plenamente consumida pelos habitante do Sudeste da África. Este inseto depois de preparado e seco, constitui uma fonte completa de aminoácidos e ainda se transforma em excelente fonte de renda quando exportado para o Zimbabwe e Zâmbia. Nos EUA talvez o mais popular petisco da entomofauna seja a lagarta da mariposa da cera – Galleria mellonnellla. A lagarta quando frita em óleo quente, incha e estoura como pipoca, tendo o mesmo aspecto de floco e com sabor de batata frita.
No Brasil o prato mais comum são as tanajuras (fêmeas aladas das formigas-cortadeiras do gênero Atta) fritas com farinha, que fazem parte da tradição em muitos estados do nordeste na época das chuvas. As larvas do besouro Tenebrio molitor (besouro da farinha), criadas em farelo de trigo podem ser consumidas fritas com tempero de alho, sal e pimenta. Outra iguaria é a larva do bicudo-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum) cujo sabor iguala-se ao da popa do coco.
O recente relatório da FAO intitulado “insetos comestíveis: perspectivas futuras para a segurança alimentar” enfatiza a “entomofagia”, ciência que trata da alimentação humana suplementada com insetos, lista pelo menos 1500 espécies de insetos consideradas apropriadas para o consumo humano. Embora a maioria das pessoas ainda resista alegando certo nojo ou desconfiança, a tendência e de que cada vez mais sejamos encorajados a incluir os insetos como uma opção saudável em nossos cardápios. Abaixo segue uma receita simples para quem deseja iniciar-se na entomofagia:

CAJUS CROCANTES DE GRILOS
Em uma bandeja

coloque uma xícara de grilos vivos;

uma xicara de farinha de aveia;

após 24 horas remova os grilos mortos ou doentes;

leve a bandeja ao frízer;

após mortos e congelados, remova pernas e asas, lave bem e espalhe em uma forma larga;

leve ao forno em fogo baixo até que fiquem crocantes;

prepare um molho com sal, alho, páprica ou tabasco em manteiga derretida;

borrife o molho sobre os insetos e sirva.

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                           Defesa Florestal


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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015


                                  INSETOS NO CARDÁPIO

Sempre que se fala na situação de fome pela qual passam cerca de 800 milhões de pessoas em diversos continentes ou da subnutrição que atinge um em cada nove pessoas em muitos países, vem à tona o emprego de certos insetos na alimentação humana. Não se trata apenas do fato de os insetos serem sempre muito comuns e numerosos, a questão nutricional, talvez, seja o ponto mais relevante. Logicamente que poucas espécies podem ser usadas na alimentação sendo importante considerar-se a fonte alimentar do inseto e onde foram criados. Entretanto, como muitos usam partes de plantas em sua dieta, não existem sérios problemas em consumir insetos com cigarras, lagartas de mariposas, grilos, gafanhotos ou larvas de besouros.  Algumas espécies de cupins africanos apresentam teores de proteína superiores a 40% e de gordura maiores de 44%. Com isso o valor energético de 100g desse alimento vai de 600 a 760 Kcal e são tidos por habitantes da Zâmbia como um dos mais deliciosos pratos. As 23 espécies de lagartas analisadas no Zaire, apresentaram valor proteico superior a 63% com 457 Kcal/100 g, sendo que em 21 delas o teor de ferro foi em média 335% do valor diário requerido. Isso representa cerca de 31 mg de ferro/100 g de lagarta seca contra apenas 6 mg encontrada na carne de boi. Gonimbrasia belina (lagarta mopanie) é plenamente consumida pelos habitante do Sudeste da África. Este inseto depois de preparado e seco, constitui uma fonte completa de aminoácidos e ainda se transforma em excelente fonte de renda quando exportado para o Zimbabwe e Zâmbia. Nos EUA talvez o mais popular petisco da entomofauna seja a lagarta da mariposa da cera – Galleria mellonnellla. A lagarta quando frita em óleo quente, incha e estoura como pipoca, tendo o mesmo aspecto de floco e com sabor de batata frita.
No Brasil o prato mais comum são as tanajuras (fêmeas aladas das formigas-cortadeiras do gênero Atta) fritas com farinha, que fazem parte da tradição em muitos estados do nordeste na época das chuvas. As larvas do besouro Tenebrio molitor (besouro da farinha), criadas em farelo de trigo podem ser consumidas fritas com tempero de alho, sal e pimenta. Outra iguaria é a larva do bicudo-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum) cujo sabor iguala-se ao da popa do coco.
O recente relatório da FAO intitulado “insetos comestíveis: perspectivas futuras para a segurança alimentar” enfatiza a “entomofagia”, ciência que trata da alimentação humana suplementada com insetos, lista pelo menos 1500 espécies de insetos consideradas apropriadas para o consumo humano. Embora a maioria das pessoas ainda resista alegando certo nojo ou desconfiança, a tendência e de que cada vez mais sejamos encorajados a incluir os insetos como uma opção saudável em nossos cardápios. Abaixo segue uma receita simples para quem deseja iniciar-se na entomofagia:

CAJUS CROCANTES DE GRILOS
Em uma bandeja

coloque uma xícara de grilos vivos;

uma xicara de farinha de aveia;

após 24 horas remova os grilos mortos ou doentes;

leve a bandeja ao frízer;

após mortos e congelados, remova pernas e asas, lave bem e espalhe em uma forma larga;

leve ao forno em fogo baixo até que fiquem crocantes;

prepare um molho com sal, alho, páprica ou tabasco em manteiga derretida;

borrife o molho sobre os insetos e sirva.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015


INSETOS MESTRES DO DISFARCE


Fato comum já observado em diversas espécies de insetos é a estratégia da camuflagem, que possibilita aos indivíduos passarem despercebidos no ambiente onde vivem e assim escaper do apetite de seus predadores. Também pode ser a estratégia usada por predadores que aguardam suas inadvertidas presas. Alguns se disfarçam imitando a planta hospedeira onde vivem, copiando forma, cor e padrão de folhas, ramos e flores. Algumas espécies desenvolveram um intrigante mecanismo de mimetismo que copia as cores e formas de outras espécies que são impalatáveis e até mesmo outros grupos de animais como cobras, aranhas e corujas, que são reconhecidamente peçonhentos ou predadores vorazes, e com isso, apropriam-se da técnica de seus vizinhos. Em muitos casos até o comportamento da espécie modelo pode ser imitado. São todos exemplos de adaptações que evoluíram com a convivência constante com um modelo e que contribuem vantajosamente para a sobrevivência da espécie.


                          
                               Um exemplo de disfarce: lagarta serpente

Porém, um caso curioso e que chama bastante atenção pelo seu aspecto inusitado foi recentemente publicado no periódico Journal Evolution pelos Drs. Naomi Pierce e David Lohman que estudaram o comportamento de uma lagarta da Família Lycaenidae: Lepidoptera. Essa lagarta aparentemente inofensiva e indefesa é, na verdade, predadora e uma eximia mestre do disfarce. Usa de sua fragilidade aparente para predar formigas. Eles descobriram que a lagarta quebrou o código de comunicação das formigas produzindo um cheiro que imita o odor corporal da presa e assim sendo, é tratada como tal, sem ser molestada. A lagarta inicialmente se alimenta de plantas e quando alcança o quarto estágio deixa-se cair ao solo, sendo levada para o interior da colônia onde é bem tratada e alimentada pelas formigas. Disso se aproveita a lagarta para devorar larvas das formigas ao seu redor. Posteriormente, antes de se tornar adulta e alada, a borboleta tem de deixar o formigueiro rapidamente. Outro grupo de lagartas predadoras da mesma família, usa de uma estratégia semelhante: imita o odor de pulgões-de-planta que produzem o “honeydew”, substância açucarada excretada pelos pulgões e avidamente disputada pelas formigas doceiras. Desta forma as lagartas são tratadas como boas amigas, mas na verdade são “ovelhas em pele de lobo”.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


INSETO ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA

Apesar do predomínio dos insetos no ambiente terrestre, muitas são as espécies que utilizam o meio aquático para sua sobrevivência e desenvolvimento de, pelo menos, uma das fases de vida. O certo é que em 13 ordens de insetos a fase jovem ou a fase adulta (ou ambas) é aquática ou semiaquática e nas ordens Ephemeroptera, Plecoptera, Trichoptera, Odonata e Megaloptera todas as espécies são aquáticas. Muitas espécies são predadoras alimentando-se sobre outros insetos e crustaceos, pequenos peixes ou anfíbios, entretanto outras utilizam algas ou detritos e sedimentos.

A vida na água requer muitas adaptações dentre as quais, a obtenção de oxigênio. O sistema de ventilação dos insetos formado por espiráculos e traqueias sofreu algumas modificações para facilitar a aquisição do oxigênio no meio liquido. A mais importante delas se refere a diminuição do número de espiráculos e a adaptação desses a tubos ou sifões que emergem na superfície quebrando a tensão superficial da água (percevejos da família Nepidae e larvas de mosquitos).


          A náiade de libélula faz trocas gasosas através de guelras anais.

As espécies que mantiveram todos os espiráculos funcionais adaptaram um modo de aprisionar uma bolha de ar debaixo da asas da qual extraem o oxigênio necessário a sua sobrevivência (adultos das famílias Hydrophilidae e Dytiscidae – Coleoptera). Nas espécies verdadeiramente aquáticas um filme de ar (plastrão) e mantido permanente junto ao corpo graças a existência de uma micropilosidade que segura essa tênue bolha junto ao corpo realizando a troca de gases e mantendo a concentração necessária de oxigênio.

Finalmente, existe um grupo de insetos que apresenta o sistema traqueal fechado e portanto, depende unicamente da difusão do oxigênio dissolvido na água através do sistema traqueal. Para tanto, essas espécies se adaptaram para aumentar a superfície de contato com a água desenvolvendo evaginações do tegumento que são permeadas por traqueias. Elas estão presentes na lateral do corpo (tórax e abdome) como nas efemérides ou na extremidade como em algumas ninfas de libélulas e são denominadas de brânquias traqueais. Insetos não tiveram sucesso na colonização do habitat marinho e exceto pelos percevejos da família Gerridae, a maioria das espécies somente é encontrada na zona intertidal, entre a alta e a baixa maré.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014


COMO SURGIRAM AS ASAS NOS INSETOS?

 
 
 
Entre as inúmeras singularidades encontradas nos insetos, a que mais aguça a curiosidade de cientistas e estudiosos é a presença das asas. Talvez por serem os únicos animais com sistema de voo independente, talvez pela importância que elas representaram na evolução das espécies e ainda representam na história de vida desses artrópodes ou ainda, quem sabe, pela variedade e funcionalidade desses apêndices.

Adquirir a capacidade de voar foi um passo tão importante na evolução dos insetos, que 99% das espécies apresentam um ou dois pares de asas funcionais, que entre tantas outras vantagens, trazem a primazia do deslocamento rápido e eficiente a longas distâncias, promove a dispersão das espécies, facilita o encontro dos indivíduos reprodutores e encurta as distâncias até as melhores fontes de alimento. Porém, uma pergunta ainda permanece sem resposta definitiva: como surgiram as asas nos insetos? A escassez de registros fósseis do início do período Carbonífero torna a questão polêmica, controversa e de difícil solução. A hipótese mais aceita é aquela dos lobos paranotais, pela qual, estruturas rígidas presentes nas laterais do tórax de insetos que viviam em árvores, passam a ser usadas como paraquedas para amortecer a queda de um indivíduo que poderia estar fugindo de um predador. A seleção natural foi agindo e favorecendo a articulação do lobo ao tórax produzindo movimentos para dirigir o indivíduo em queda, agora em voo planado. Finalmente, uma musculatura própria teria se desenvolvido propiciando movimentos para definitivamente elevar do solo os insetos há cerca de 320 milhões de anos.

Pela teoria das nadadeiras insetos primitivos eram anfíbios e usavam pequenas “proto-asas” que tinham a função de proteção, como nadadeiras na superfície da água, adquirindo articulação e musculatura própria. Como os insetos retornavam com frequência ao ambiente terrestre a seleção natural favoreceu essas estruturas estendidas que desenvolveram musculatura mais potente e passaram a ser capazes de movimentar os insetos também pelo ar.  É a teoria que traz a explicação mais plausível para a perfeita coordenação muscular necessária para a rotação da base da asa, essencial ao voo. No momento, além essas, outras três teorias tentam explicar o surgimento das asas nos insetos, porém, nenhuma delas pode ser totalmente aceita ou descartada.